
Quando falamos sobre as posturas do Yoga (Asanas), invariavelmente, dedicamos especial atenção aos inúmeros benefícios oferecidos por cada postura. Claro que isso é importante, mas com certeza não é tudo.
No caso de Vrikshasana, a famosa postura da árvore, por exemplo, sabemos que é uma postura de equilíbrio que pode ser executada em vários níveis de dificuldade, que é uma das posturas mais fotografada e divulgada nas redes sociais, que ela por si só, é um símbolo dessa prática milenar chamada Yoga que hoje já é conhecida no mundo todo.
Sabemos que entre os seus benefícios estão: equilíbrio, consciência de ligação com a terra e ao mesmo tempo com o cosmos, acalma e ancora a mente, desenvolve a intuição e a sabedoria, fortalece as pernas e pés, melhora a postura, trabalha intensamente o nosso senso de aterramento e segurança e atua, especialmente, sobre o primeiro chakra (Muladhara ou chakra raiz), quarto chakra (Anahata ou chakra do coração), sexto chakra (Ajna ou chakra do conhecimento) e sétimo chakra (Sahasrara ou chakra da coroa).
Vrikshasana é uma das pouquíssimas posturas em pé que ativa o ajna chakra, localizado entre as sobrancelhas. Por isso, é recomendado manter o olhar num ponto fixo à sua frente, na linha do horizonte, ou seja, na altura dos olhos durante todo o tempo de permanência na postura. A ativação deste centro nos permite ter acesso às nossas camadas mais escondidas e a permanência na postura facilmente pode nos colocar na situação de observadores de nós mesmos. Os Mestres recomendam, que sempre que tivermos algo complicado para resolver, uma decisão difícil a tomar, devemos praticar Vrikshasana todos os dias para que tenhamos equilíbrio, sabedoria e discernimento nas nossas escolhas.
Quando colocamos nossos alunos em Vrikshasana recomendamos que aproveitem esse momento para se conectarem com a energia da natureza, que tragam para sua tela mental a imagem das árvores e pensem em seu importante papel em nossas vidas. E em seguida, que sintam os polegares tocando no centro do peito e se conectem com a natureza do seu próprio Ser, que reconheçam o que os move, como se movem e como sentem a vida que pulsa em seus corações.
Que possamos entender que a nossa missão na Terra talvez seja apenas viver e ser feliz. Simples assim!