Índia Espiritual

Yoga Nosso de Cada Dia

Ao se falar em Índia, como opção de viagem ao exterior, não existe meio termo, ou você tem aversão, ou você tem paixão. De qualquer modo, é importante esclarecer que a Índia, a um primeiro olhar, é sim um País exótico, repleto de contradições e de exageros.

A minha impressão, quando fui à Índia pela primeira vez, é de que lá tudo é exagerado, tudo é muito. A começar pelo painel de Mudras gigantescos no Aeroporto Indira Gandhi, em New Delhi. Foi uma das primeiras coisas que vi ao pisar no solo indiano. É de arrepiar, é lindo, é emocionante ver aquela sequência de mãos enormes de metal brilhante enfileiradas naquela parede dourada, cada uma fazendo um Mudra diferente, grandes gestos de poder, todos repletos de significados espirituais.

Na Índia, tem muita pobreza e muita riqueza, tem muita gente e muitos animais por toda parte, tem muita confusão nas ruas (gente, carros, tuc-tucs, macacos, vacas, bicicletas, buzinas e mais buzinas, tudo misturado e andando ao mesmo tempo em todas as direções). Tem muita pimenta na comida, muitos deuses, muitos templos, muita devoção, muita miséria, muita sujeira, muita espiritualidade, muita luz e muita escuridão. Não tem como visitar a Índia e não se questionar, não deixar aflorar os nossos sentimentos e emoções mais bem guardados na rotina diária de nossas vidas ocidentais.

Quando se vai à Índia, tem que ser de coração e mente abertos, receptivos, disponíveis para ver, sentir e vivenciar tudo, sem julgamentos, como uma experiência única e transformadora. Dizem que na Índia tudo que se vivencia é uma questão de merecimento. Se é verdade ou não, eu não sei. Mas o que eu sei, é que me senti em casa no meio de tudo aquilo, especialmente em Varanasi, a capital religiosa do Hinduísmo desde tempos imemoriais. Dizem que Varanasi tem cerca de três mil anos e consiste de sete substratos de civilizações que viveram ali e, ao longo dos anos, foram desaparecendo e sendo substituídas por outras. Imaginem a energia que existe nesse lugar. Viajar à Índia, pelo menos uma vez na vida, é uma experiência de transformação interior inigualável. É uma viagem obrigatória na nossa caminhada espiritual rumo à evolução.

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